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PROPOSTAS DE SIMPÓSIOS TEMÁTICOS

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*Inscrições encerradas

Lista dos Simpósios aprovados com os respectivos coordenadores e resumos:

 

1.Literatura, Poder e Religiões no Mediterrâneo Antigo: Um Espaço de Integração e Diversidade.
Coordenador 1: Ana Teresa Marques Gonçalves (Doutora em História)
Coordenador 2: Marcelo Miguel de Sousa (Doutorando – UFG)
O Mediterrâneo é hoje um tema em voga nas pesquisas sobre a Antiguidade Clássica uma vez que vários estudos atentam para o potencial que suas correntes, ilhas e auréolas oferecem para a circularidade cultural e a interconectividade dos agrupamentos humanos ali existentes. Em vista das trocas culturais entre gregos, hebreus, romanos e fenícios, este emaranhado aquoso é caracterizado pela diversidade de formas políticas, religiosas e expressões literárias de toda sorte. Do ponto de vista mediterrânico o Império Romano é também compreendido como um território marcadamente plural, não apenas no sentido linguístico e cultural, mas também, físico, geográfico e econômico. Este simpósio temático tem o propósito de criar um espaço de discussão e intercâmbio de ideias para os pesquisadores de História Antiga a partir dos eixos temáticos Literatura, Poder e Religiosidades tendo em vista o potencial integrador e recorte cronológico e geográfico amplo que o Mediterrâneo oferece.

2.Literatura e Psicanálise: Desafios e debates historiográficos.
Coordenador 1: Juliana Sousa Pacheco (Mestranda - UFG)
Coordenador 2: Eva Cristina Franco Rosa dos Santos (Mestranda)
Este simpósio temático visa debater as relações entre saberes como Literatura e Psicanálise e seus possíveis diálogos com a História. Autores como Peter Gay e Hayden White estão entre os que se debruçaram sobre essas questões, pertinentes para a história enquanto método, prática e teoria. Este simpósio busca auscultar como os historiadores têm feito o uso desses campos em seus trabalhos e como o debate historiográfico tem se ajustado para contemplar essas relações, bastante usuais nas últimas décadas.

3.Brasil Republicano: Uma História Política.
Coordenador 1: Vitor Lacerda (Mestrando – Unesp)
Este simpósio tem por objetivo reunir pesquisadores que desenvolvam estudos na área de História Política do Brasil Republicano entre o início do Estado Novo e o final da Ditadura Militar. Pretende reunir trabalhos que reflitam sobre o processo político nesse período crucial da formação histórica brasileira, composto por duas ditaduras e dois processos de redemocratização. Nesse sentido, estarão em debate temas fundamentais da História Política brasileira, como as relações entre as diversas dimensões do poder, as relações entre Estado e sociedade, os projetos políticos/econômicos em disputa, os partidos políticos, as eleições, os movimentos sociais, a classe trabalhadora e suas organizações, o movimento estudantil, a mobilização política dos trabalhadores do campo, grupos e organizações de esquerda e de direita, as diversas formas de luta e resistências, os militares e a política, os organismos de repressão, as lutas pela anistia e o processo de abertura política.

4.História, subversão e contestação: arte como elemento de crítica social.
Coordenador 1: Luiz Eduardo de Jesus Fleury (Mestrando – UFG)
Coordenador 2: João Gabriel da Fonseca Mateus (Mestrando – UFG)
“O bom historiador não está, no fundo, incessantemente em contradição com seu meio?”(NIETZSCHE 2008a, p. 21). Essa foi a pergunta que o filósofo alemão Friedrich Nietzsche fez nas primeiras páginas da obra Aurora, publicada em 1881. Na questão, o autor levantava questões da produção historiográfica que rondavam a prática do historiador de seu tempo, no contexto do historicismo. Assim, como feito em anos antecessores em Segunda Consideração Intempestiva (publicado em 1874) como hoje em indagações recentes, o lugar da escrita da história, não remete apenas à “retórica” ou ao “estilo” utilizado pelo historiador, mas por questões que remetem ao debate da utilidade da História para vida prática. Sendo assim, a proposta desse Simpósio Temático é reunir pesquisadores que trabalhem elementos que envolvam as diferentes manifestações artísticas (música, teatro, poesia, literatura, etc.) como um instrumento de contestação a afronta ao establishment frente ao debate sobre história, ciência, vida e arte.
Referências Bibliográficas:
NIETZSCHE, Friedrich. Aurora. São Paulo: Escala, 2008.
NIETZSCHE, Friedrich. Segunda consideração intempestiva: da utilidade e desvantagem da história para a vida. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2003.

5.Poder, saberes e narrativas na Idade Média.
Coordenador 1: Johnny Taliateli do Couto (Doutorando – UFG)
Coordenador 2: Cleusa Teixeira de Sousa ( Doutoranda – UFG)
Este simpósio temático pretende dar ênfase as diversas pesquisas que vem sendo desenvolvidas no âmbito da história medieval. Nosso objetivo consiste em aprofundar as discussões sobre as sociedades medievais e suas relações de poder, instituições, saberes, religiosidade e narrativas, dando espaço para as novas perspectivas de abordagens ligadas aos recentes debates historiográficos. Buscamos problematizar também, os modelos de fontes históricas que vem sendo utilizadas para a análise do período. Na última década, os estudos medievais no Brasil cresceram exponencialmente. Dessa forma, os debates promovidos pelos pesquisadores da área, contribuem para tecermos um panorama maior, manifestando a colaboração dos medievalistas brasileiros para os estudos sobre este recorte temporal.

6.Literatura e imagens: diálogos na produção, circulação e recepção das narrativas culturais.
Coordenador 1: Fernanda Silva Borges (Doutoranda – UFG)
Coordenador 2: Anna Paula Teixeira Daher (Mestranda – UFG)
O simpósio temático propõe-se como espaço de discussão teórica e metodológica plural de estudos sobre imagens, bem como de questões relativas ao olhar e a visão como ferramentas de construção de narrativas culturais, abarcando as articulações entre literatura e artes visuais, tanto no que se refere à interpretação de imagens associadas a documentos literários, como as que se relacionam às possibilidades de “leitura das imagens” em estudos de produção, circulação e recepção ou mesmo às que consideram o estatuto ontológico e imagético das narrativas literárias. Essa proposta vincula-se à proposta do Grupo de Estudos de História e Imagem – GEHIM, criado em Março de 2011, cujo enfoque é a discussão das potencialidades cognitivas da imagem, questões metodológicas e de seu uso didático.

7.O futebol em debate: entre desafios e possibilidades.
Coordenador 1: Tiago Ciro Moral Zancope (Doutorando – UFG)
Coordenador 2: Makchwell Coimbra (Doutorando – UFG)
A partir da segunda metade do século XX, o futebol disseminou-secomo o esporte mais populardo mundo rompendobarreiras de ordemcultural, étnica, política e social. E, por essa razão,a realização da Copa do Mundo, ademais de outras competições internacionais,igualmente ultrapassam os limites esportivos sendo interpretadas comofenômenospassíveis de suscitar reflexões tais como: a capacidade de gestão organizacional, ou a suposta fórmula encontrada para fabricar uma equipe campeã. Nesse sentido, perscrutar analiticamente os diversos sentidos em torno desse jogo e suas representações por meio de reportagens, crônicas, ensaios, livros e filmesdesvela contradições que serão amplamente debatidas nesse simpósio.

8. Identidade, cultura e política na América latina; crítica pós-colonial e decolonial na reconstrução das história dos subalternos.
Coordenador 1: Cleiton Ricardo das Neves (Doutorando – UFG)
Coordenador 2: Amélia Cardoso de Almeida (Mestre - PUC-Goiás)
A força do discurso pós-colonial e decolonial como expressão teórica, política e cultural é perceptível contemporaneamente. Nesse sentido, a crítica pós-colonial tem se apresentado através de leituras, releituras e ressignificações de discursos e representações outrora considerados cânones da literatura ocidental. A busca pela autodeterminação identitária dos “sujeitos” colonizados tem sido uma das maiores demandas dos estudos pós-coloniais de matriz indiana e também do decolonialismo latino-americano. Dessa forma, a proposta deste simpósio é permitir um lócus de enunciação, envolvendo trabalhos que abordam questões relacionadas aos discursos pós-coloniais e decoloniais a partir da tensa relação entre os sujeitos colonizadores e os sujeitos colonizados, bem como novas abordagens identitárias dos subalternizados, com atenção especial para a América Latina.

9.Marxismo e História.
Coordenador 1: David Maciel (Doutor em História)
Coordenador 2: Roger dos Anjos de Sá (Mestre em História)
O Simpósio temático “Marxismo e História” busca discutir a produção teórica e historiográfica do marxismo relacionando-a às questões teórico-metodológicas, às relações entre economia, sociedade e política, ao conteúdo e caracterização dos tipos de Estado e das formas de poder, à vinculação entre classes sociais e movimentos político-culturais, à formação e desenvolvimento das ideologias e aos processos de mudança histórica.

10.Audiovisual e minorias: representação, história e linguagem.
Coordenador 1: Ludmila Pereira de Almeida (Mestranda em Comunicação – UFG)
Coordenador 2: Victor Vinícius do Carmo (Mestrando em Comunicação – UFG)
Este simpósio reunirá reflexões que tenham como eixo norteador as linguagens audiovisuais como produtoras de significados acerca das representações de minorias. Vemos o audiovisual como um importante veículo de reprodução e normatização de discursos que categorizam relações de diferenças e as hierarquizam. Pretendemos então reunir pesquisas que analisem, de forma crítica, como se configuram esses discursos, especialmente as representações de minorias e as relações de poder inerentes a essas discussões. Identificamos tais afirmações como perspectivas oriundas de construções históricas, sociais e culturais que formam os sujeitos, suas identidades, subjetividades e permeiam seus corpos, construindo as histórias dos grupos subalternos ao padronizar marcações de diferenças.

11.Contribuições das literaturas em língua portuguesa para a construção do discurso histórico contemporâneo.

Coordenador 1: Jorge Alves Santana (Doutor em Letras –  UFG/ Pós-Doutorando em Letras –  UFMG)

Coordenador 2: Ulysses Rocha Filho (Doutor em Letras –  CAC – UFG)

A musa Clio também toca sua música para outras áreas de pesquisa, como Peter Burke, em “A revolução Francesa da historiografia: a Escola dos Annales 1929-1989”, em edição de 1992, nos ensina. Trabalharemos aqui com os diálogos entre História e Campo Literário (o disposto em obras ficcionais de prosa e de poesia). Assim, pensaremos especialmente nas contribuições das literaturas em língua portuguesa, as de ficção documental, monumental e de testemunho, para o campo da História. Sugerimos estudos de obras do português e Prêmio Nobel José Saramago; dos brasileiros Érico Veríssimo, Ana Miranda e Bernardo Élis; do escritor angolano Pepetela; do escritor moçambicano Mia Couto; entre outros escritores destes campos dialógicos.

12.A (re)escrita historiográfica: diálogos sobre método, teoria e fontes na pesquisa regional de Goiás.
Coordenador 1: Talles Murilo Vaz Costa (Mestre em História)
Coordenador 2: José Fábio da Silva (Mestre em História)
Este Simpósio Temático propõe um diálogo sobre a História Regional de Goiás, com ênfase em novos olhares e abordagens que colaborem no debate sobre o constante processo de (re)escrita historiográfica. A historiografia incide em um constante processo de reescrita e revisões não só ao que concerne as suas temáticas, mas também as suas formas de abordagem e construção metodológica. Buscamos, assim, criar um espaço profícuo para o diálogo acadêmico sobre as novas tendências de estudo e pesquisa em História de Goiás, endossando as discussões sobre a abertura de recentes abordagens teóricas, a multiplicação dos quadros metodológicos de interpretação histórica e a incorporação de novas fontes de pesquisa.

13.Escritas da (na) história: a literatura e os horizontes de abordagem.
Coordenador 1: Deiver Barros da Silva (Mestrando – UFG)
Coordenador 2: Jeanine Poock de Almeida (Mestranda – UFG)
Tendo em vista a diversidade de abordagens da produção literária na contemporaneidade e suas relações com o ofício do historiador, esse simpósio objetiva refletir sobre as possibilidades metodológicas de estudo de diferentes escritas tais como, biografias, autobiografias, cartas, como também a literatura em suas várias modalidades.

14.Compreensão histórica: a compreensão da história e a compreensão na história ou pela história.
Coordenador 1: Alexandre de Siqueira Campos Coelho (Mestre – UNIEURO/DF)
Coordenador 2: Josias Alves da Costa (Mestre – UEG)
Compreender a realidade histórica propriamente dita requer unir a interpretação histórica e a interpretação pessoal ou, em outras palavras, o ser efetivo da história e o ser efetivo da consciência histórica. Isso porque a realidade de compreensão de um passado longínquo, de testemunhos históricos e obras de antanho, envolve dois aspectos sobremodo imbricados entre si: o seu conteúdo objetivo e a realização subjetiva da sua compreensão. Neste simpósio, munidos do ferramental hermenêutico – sua essência, estrutura, condições e limites –, intenta-se debater sobre a peculiaridade e a possibilidade da compreensão histórica, com o fito de refletir acerca da relação entre a história e a historicidade.

15.História, Sociedade e Cultura na Literatura Brasileira.
Coordenador 1: Goiamérico Felício Carneiro dos Santos (Doutor em Teoria da Literatura – PUC-Rio)
Coordenador 2: Letícia Arantes Jury (Mestranda em Comunicação - UFG)
O objetivo deste simpósio temático é apresentar pesquisas acadêmicas (concluídas ou em desenvolvimento), que tem como foco, a análise de discurso de textos literários, que cumprem o papel histórico, ou seja, de retratar (na maioria das vezes de forma crítica) determinadas épocas da vida cotidiana, traços culturais, costumes, tradições, dentre outros aspectos. Antônio Cândido nos dia que para entender a função da literatura, é preciso não perder de vista a sua integridade estética. E é preciso começar distinguindo, nela como na literatura escrita, - função total, função social e função ideológica. A função total deriva da elaboração de um sistema simbólico, que transmite certa visão do mundo por meio de instrumentos expressivos adequados. Ela exprime representações individuais e sociais que transcendem a situação imediata, inscrevendo-se no patrimônio do grupo. (CÂNDIDO, 2006, p.53). Ele diz ainda que, o escritor em uma determinada sociedade, é não apenas o indivíduo capaz de exprimir sua originalidade (que o delimita e especifica entre todos), mas alguém desempenhando um papel social, ocupando uma posição relativa ao seu grupo profissional e correspondendo a certas expectativas dos leitores ou auditores. A matéria e a forma da sua obra dependerão em parte da tensão entre as veleidades profundas e a consonância ao meio, caracterizando um diálogo mais ou menos vivo entre criador e público. (CÂNDIDO, 2006, p.83).

16.Literatura, História e Cinema: a representação numa perspectiva intermidiática.
Coordenador 1: Raphael Martins Ribeiro (Mestrando – UEG)
Coordenador 2: Lucas Pires Ribeiro (Mestrando – UEG)
A ‘consolidação definitiva’ envolvendo História e Literatura desencadeou no Brasil a partir da década de 70 do século anterior – principalmente com o advento da História Cultural –, novos desdobramentos interpretativos acerca das produções literárias e suas respectivas representações. Como afirma Cândido (1969), a Literatura procura compreender as transformações sociais. Nos dizeres de Sevcenko (1999), estas modificações estruturais são percebidas pela Literatura e automaticamente tornam-se Literatura. Considerando este pressuposto de análise, a proximidade representativa entre literatura e cinema, o respectivo trabalho procura abranger as representações estéticas propiciadas pelas produções literárias e cinematográficas ao longo do processo histórico, na perspectiva de desnudamento das transformações sociais.

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